quarta-feira, 14 de julho de 2010

A comprovação da teoria "o mundo dá voltas"

Estou de volta, gente. É o que acredito. Sei que as redes sociais, ou melhor, as novas mídias são necessárias. Mas o que realmente é necessário é tempo. E este anda me faltando. Por isso, esse blog tão vazio e escasso. Desta vez eis de melhorar e me esforçar, ou melhor, me expressar. rs!

Bom, após andar no fantástico mundo do jornalismo - meio caidinho, é bem verdade - em todos os cantos, quer dizer, quase todos (só me falta o rádio). O início, em 2000 - gente já são dez anos no meio, eita! - foi em monitoria de VT com a sensacional Leda Nagle (que saudade da tia Leda). Depois um pulinho, já em 2001, no jornal POVO do Rio, como estagiária ao melhor tipo "faz tudo". E olha que naquele tempo não tinha esse boom da internet. As pautas eram via fax, apuração via telefone e rondas intensas na listinha “básica” dos batalhões do Rio. Bons tempos!
De lá fui parar em um jornal chamado Gazeta de Notícias, bem coisa de campanha política, ou melhor, lavagem de dinheiro (hoje posso dizer, aliás posso sim! O nome do blog já diz "viva sua liberdade de expressão”) da campanha do ex-governador Garotinho. Ali foi uma ponte para estagiar em algumas campanhas políticas em 2002, entre elas a citar Noel de Carvalho (esse ainda confio).
Bom, passada a fase da política, lá fui eu tentar a vida em Salvador - tempos de casada onde o amor falava mais alto. Larguei tudo e fui acompanhar o marido. Não me arrependo, mas.... E lá estava eu, na sorte vamos dizer, empregada em uma assessoria de imprensa de uma das cinco maiores empresas de concurso público do País (assim dizia o dono, hehe!), o Serviço Nacional de Seleção Pública (Senasp) e, por conseqüência, assessorava também a Universidade Regional da Bahia (Unirb) - diga-se de passagem do mesmo dono do Senasp. Um ano por lá e volto eu ao Rio em 2005. E aí? Um ano DESEMPREGADA por conta do mercado inchado carioca.
Sem falar no QI dos amigos, que supunha que eram amigos. Valeu de experiência e aprendi a agir da mesma forma. Isso se chama maturidade e não vingança. Em 2006 lá estava eu entrando em um jornal de bairro do Recreio dos Bandeirantes, o Tipo Carioca. A dona, Katia Lancelotti, uma das melhores pessoas com quem já trabalhei. Divertida, amiga, leal são alguns dos adjetivos.
Até hoje defino o Tipo Carioca como u jornal de alta penetração na alta sociedade carioca e mais ainda no universo político. Afinal, político no Rio de Janeiro reside na Barra, Recreio, Vargens. Ali você encontra todas as esferas representadas (municipal, estadual e federal). Até senador mora por ali. Mas não é o da Laidy Kaite. haha!
Enfim, ao sair de lá fui trabalhar em um projeto que acreditava que era bem bacana, realizado por jovens, o Rotas Cariocas, que circulava na pacata Ilha do Governador. Vingou, mas faltou a grana. Como em tudo no Brasil.
Já em 2007, acabei eu voltando ao jornal POVO do Rio, minha maior escola do tipo "vá para rua, traga a matéria e vire-se". Afinal, em minha época o jornal era feito 80% por estagiários. E, olha que não tinha "carrapato" como no Globo, não. Fui convidada a voltar por uma nova administração (diga-se de passagem, foi um caos) e acabei me tornando editora.
Gente, que medo me deu quando o então diretor de redação me deu o cargo. Não citarei o nome, pois não seria elegante. Picareta é pouco (ah, coitado! Nem conseguiu esquentar a cadeira por tanto tempo). Em contrapartida ao caos, o próprio decidiu me demitir junto com outras "crias" da casa.
Prova de que o mundo dá voltas, me vi um mês desempregada e acabei retornando ao mesmo veículo de comunicação e no mesmo cargo a pedido do eterno presidente Alberto Ahmed. Nessa época também conciliei algumas assessoria de imprensa, entre elas do secretário nacional de Esportes, Djan Madruga e sua academia com mesmo nome, no Recreio dos Bandeirantes, a candidatura de Andréa Castrinho (esposa do humorista Castrinho) a uma cadeira na Câmara de Vereadores do Rio. Sei que valeu a experiência.
Junto com o POVO também era repórter especial da Associação de Imprensa da Barra da Tijuca e alimentava o site por gestão de conteúdo. Mais um desafio, as novas mídias. Na minha época de faculdade não tinha essa cadeira grade não? Mais uma prova do vivendo e aprendendo.
Também fui convidada a dar aula em curso de férias da Estácio de Sá nas disciplinas Técnicas de Redação e Faça seu Próprio Jornal. Um desafio e um mega aprendizado. Não imaginava que gostaria de dar aula sobre jornalismo e que jovens se inspirariam em mim para trilhar suas carreiras. Alguns consegui ver o sucesso de perto depois de tanto incentivar dentro de sala de aula. Existia um certo felling naqueles alunos. Realmente, não tem preço. Até hoje mantenho contato com meus ex-alunos, alguns se tornaram amigos e queridinhos.
E eu achando que já estava tudo bem profissionalmente, me aparece mais um desafio. Em 2009 fui convidada a chefiar assessoria de comunicação da Fundação RIOZOO, o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Resultado: deixei a Associação de Imprensa da Barra, para desespero do presidente Manuel Lopes e então, diretora de jornalismo, Tatiana Couto.
E, lá fui eu. Entrei em uma equipe que estava sendo montava por uma nova administração como braço direito. E o pior, não conhecia ninguém? Com muito trabalho, estresse, boicotes, amizades, desencontros (é melhor do que chamar de inimizades) a equipe venceu. Colocamos o Zoo no auge da imprensa e com uma nova imagem perante o público carioca. Cheguei ao ponto de não mais conciliar o jornal e o órgão subordinado à Prefeitura do Rio (gente, me tornei servidora pública. Realmente, é um mundo bem diferente e sempre comandado pela política). Resultado: tive que pedir demissão do POVO do Rio.
Como o mundo gira me vejo na cilada: em fevereiro de 2010 o presidente da Fundação RIOZOO precisou deixar o cargo. Assume-se, então uma nova presidente e direção. A maior tristeza? Ver aquela equipe que fez sucesso - até fomos elogiados pelo prefeito Eduardo Paes - ser abalada, não só profissionalmente, sobretudo emocionalmente. Só quem integrava sabia o laço que criamos. Saudades de Marcelo Maia, Solon dos Santos e Adalberto Mei. E lá estava eu começando o ano: DESEMPREGADA!
Após minhas férias forçadas decidi procurar quem eu achava que podia contar. Depois de muito bater na porta e ver mais uma vez quem são os amigos, acabei retornando alguns trabalhos. Dentre eles a assessoria de imprensa com o Castrinho. Quem não lembra do bordão "Meu garoto. Meu pai, pai", ou então, de "Geralllllldo". Trabalhar com esse ícone do humor é uma lição de vida. Cada dia aprendo, e como aprendo. Hoje temos uma relação de pai e filha, bem como de mãe e filha (quem conhece a esposa do Castrinho, Andréa sabe o que estou dizendo). Apenas peço a Deus que os abençoe todos os dias. Também agradeço a oportunidade que Deus me deu, de viver com duas pessoas fantásticas.
E provando mais uma vez a teoria “o mundo da voltas”, lá estou eu de volta ao POVO do Rio (sete meses depois de me demitir), ainda como editora. Integrante de uma equipe um pouco modificada, mas quem continua ou voltou sabe o quão difícil é trabalhar em um jornal diário, com uma estrutura pequena e colocá-lo na rua todos os dias. Pior ainda é ouvir dos desinformados (chamar de ignorante não é delicado): esse jornal ainda existe? Aquele “espre sai sangue”.
Bons tempos em que o "espreme sai sangue" era notícia (arrebentávamos nas bancas e colocávamos jornais como O Dia no chinelo, nem o Extra existia. Diga-se de passagem, o Extra foi criado para tapar o buraco que deixamos). Infelizmente, mortes, crimes, assassinatos não são mais notícias em nossa sociedade. Veja o grande exemplo de um ídolo de uma nação (sim o Flamengo é nação quer queiram ou não) estar envolvido no sequestro, na tortura e na morte de sua ex-amante. Tudo bem que ela era um pouco "dada" (chamar de Maria Chuteira ou qualquer outra coisa também não é elegante), mas não se justifica tal brutalidade. Pensando nisso, podemos citar outros casos brutais que chocou o País: Guilherme de Pádua x Daniella Perez; Pimenta Neves x Sandra Gomide. Tudo isso por amor. Gente, que amor é esse que mata. Tempos modernos?
Sobre o assunto em minha primeira matéria especial no retorno ao POVO do Rio o assunto é exatamente esse. Confiram abaixo e, boa leitura!